segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Novo blog / New blog

Esse já deu o que tinha que dar, mudei de endereço, mas o princípio é basicamente o mesmo.
Novo Blog: Train to Bombay

quinta-feira, 29 de março de 2007

Play a song for me #16 - Back to the future



O single do Liechtenstein ficou alguns dias por aqui até eu ouví-lo. Nesse meio tempo, quase tinha me esquecido que banda era essa. Quando resolvi ouvir, tinha uma vaga lembrança que era algo atual, desse ano. Mas depois que a primeira música começou, comecei a duvidar da minha memória. Esse 7" parece ter ficado escondido por 20 anos, numa prateleira qualquer, até o descobrirem, todo empoeirado, guardando preciosas raridades.

Mas contrariando as impressões, "Stalking Skills" é o primeiro lançamento de uma banda formada por quatro meninas suecas, que ouviram muito Slits, Raincoats, Dolly Mixture e C86. Lançaram o single pela ótima Fraction Discs e fazem um indiepop com aquela caidinha gostosa pro punk. Suas músicas lembram muito o Shop Assistants e Rosehips. Deifinitivamente, faz parte de uma nova safra de bandas pop! que estão me dando muitas esperanças.

Já é um dos singles do ano!

terça-feira, 27 de março de 2007

Play a song for me #15 - De toutes les couleurs


A primeira vez em que eu ouvi o "Le Man Avec les Lunettes" imaginei que fosse uma banda francesa cantando em inglês, ou uma banda americana com nome francês. Isso, por si só, já seria algo não tão comum. Mas aí eu descobri que a banda é, na verdade, italiana. Essa salada de nacionalidades também transparece nas influências da banda: indiepop com toques de psicodelia, presença de elementos eletrônicos e cheio da sensibilidade francesa.

A banda nunca tinha lançado um álbum inteiro e fiquei muito contente quando vi que finalmente resolveram fazer isto, esse ano. Todas faixas contêm muito do som do Brian Wilson, com a atualidade da música do Belle & Sebastian. Eu não sou chegada muito a baladas, mas a faixa Winbledon é uma deliciosa surpresa, com notas de piano embelezando toda sua atmosfera melancólica. O disco todo ainda tem barulhinhos gostosíssimos para todos os orfãos de Grandaddy, tem até uma proto guitarrinha fuzz na música 09.

A única decepção foi essa capa do disco. Comparada então com as lindas capinhas dos singles e mini albuns, fica pior ainda. O disco se chama ? (questionmark), mas a única interrogação que ficou, pra mim, foi o que deu neles pra cometer esse ultraje ?!
Mas não deixem se influenciar por isso!

segunda-feira, 26 de março de 2007

Play a song for me #14 - Driving away from the sunset



Dessa vez, não demorarei para atualizar o blog, pois já faz tempo que quero colocar esse disco aqui. É o primeiro EP do California Snow Story, lançado em 2005 pela Shelflife. O nome da banda veio de uma linda música do Saint Etienne e é o projeto do David Skirving, ex-guitarrista do três primeiros discos do Camera Obscura.

O EP é recheado de canções indiepops delicadas, às vezes upbeats, com duetos masculino-feminino de vocais. Delicioso de ouvir num dia quente, pra esquecer do calor ou pra esquentar o frio do inverno. Sempre que ouço, consigo me imaginar viajando de carro pelas cidadelas européias, no comecinho do verão. De preferência, muito bem acompanhada. Agora, ouvindo de novo, não poderia ser diferente.
As duas primeiras músicas desse EP são inesquecíveis.

Em 2006, a vocalista Sandra Martínez, ex-
Superété, juntou-se a David e gravaram um novo disco chamado "Close to the Ocean", lançado pela Letterbox, esse ano. Você pode fazer o download do primeiro single, com capinha e tudo, aqui.

Já espero muito desse álbum, só pela qualidade do single!


domingo, 25 de março de 2007

Play a song for me #13 - Indiepop Ain't Noise Pollution *



Sou muito fã de compilações bem-feitas. Não há nada mais gostoso do que ouvir muitas faixas espetaculares de várias bandas sensacionais, uma atrás da outra. E por isso, adoro também fazer compilações, sempre dou aos meus amigos e continuarei fazendo isso por muito tempo.

Gosto, particularmente, de uma série de compilações chamada "The Sound of Leamington Spa". Foram lançados cinco volumes e o sexto chega ainda esse ano (!!!). A coletânea foi uma iniciativa conjunta de três gravadoras: a Firestation, a Claredon e a Bilberry. Com esse time por trás da empreitada, já dá pra esperar uma seleção impecável. Todas as faixas são tesouros obscuros e perdidos do indiepop/guitar pop dos anos 1980 e começo dos anos 1990. Sinteticamente, uma Peebles do indiepop. Todos os volumes são maravilhosos, mas resolvi disponibilizar o quarto aqui. Pensei em pôr o primeiro, mas depois de ouvir todas aqui novamente, me decidi pelo volume quatro.

Se eu fosse falar de cada banda aqui, isso seria maçante, acho melhor ouvirem e tirarem as próprias conclusões. Um clássico atrás do outro. Uma mina de ouro pra qualquer amante de indiepop, como eu.

Como eu ouvia mais essas compilações em cds, não tinha percebido que algumas tags desse volume estavam incompletas. Só me toquei nesse exato minuto em que escrevo o post, pois decidi ouví-la no computador. Por isso, coloco as faixas embaixo para ajudar na correção. Espero que gostem.

1. The Clouds - Get Out Of My Dream
2. The Submarines - I Saw The Children
3. Decoy Avenue - Gone Native
4. The Candy Darlings - That's Where Caroline Lives
5. 35 Summers - Really Down
6. The Nivens - Yesterday
7. The Minnows - Time Flies
8. The Marteens - First Kiss
9. Hellfire Sermons - The Best Laugh I Ever Heard
10. The Bridge - Shame Is A Girl
11. The Apple Moths - Everything
12. The Williams - I Know I'm Nothing Special To You
13. Johnny Says Yeah! - Waiting Here For Me
14. Dislocation Dance - He's The Man
15. The Church Grims - Plaster Saint
16. Beethovens Kiss - The Wonder Of You
17. Nautical William - Love House
18. Explained Emma - When My Heart Rings
19. The Days - Audrey's Curtains
20. Wake Up Afrika - Walking Blind



* by Pooh Sticks

quarta-feira, 21 de março de 2007

Play a song for me #12 - Humor é coisa séria



Minha formação musical é muito distinta, não me apego a rótulos e acredito que quem realmente ama música, faz o mesmo. Não adianta conhecer toda discografia de um estilo musical se você nem sequer tem idéia do que veio antes, ou mesmo paralelamente, em outros lugares do mundo. Tudo isso pra dizer que esse post é dedicado a um dos melhores compositores que já ouvi. Eu já conhecia parte de sua obra desde pequena, mas só fui conhecer a fundo mesmo todo seu trabalho e sua história depois que um querido amigo me emprestou um cd dele. E esse compositor, é o francês Erik Satie, do fim do século XIX. Isso, música clássica mesmo, mas daquelas que subverteram gerações de músicos, críticos e apaixonados pelo tema. Acima de tudo, foi um grande gozador, com um senso de humor adimirável.

Satie foi um controverso compositor de obras para piano e guiou Debussy em sua criação musical, mas acabou se revoltando com os rumos da composição de sua época. Foi acusado de amador e, por isso, tirou um dipoloma, com êxitos na Schola Cantorum de Paris, aos 40 anos. Enquanto seus contemporâneos, faziam peças com horas de duração, ele compunha algumas de 30 segundos, ou menos. Quando acusaram-no de ser incapaz de compor obras maiores, fez "Vexations", com dois dias de duração. Debussy, certa vez, acusou Satie de criar obras que carecem de definição formal. E o que ele fez? Enviou ao amigo 3 peças em forma de pêra.

Satie foi ainda o responsável pelos primeiros happenings na música européia, como quando fez entrar um Citroën no palco, no meio de uma de suas músicas, ou utilizando-se de instrumentos inusitados como máquina de escrever, sirenes ou apito de navio para compor. Em "Párade", uma de suas obras, com argumento de Jean Cocteau, pediu um cenário a seu amigo Picasso, mas exigiu que o mesmo fosse executado em público, ao vivo. Como se não bastasse, a segunda parte da obra, não foi encenada, mas sim filmada, por René Clair.

Enquanto as composições de sua época tinham nomes singelos e delicados, Satie contra-atacava com outras, chamadas: "Embriões ressecados", "Esboços e provocações de um cafetão de pau", "Fantasiado de cavalo", "3 valsas para um esnobe execrável", e por aí vai...

Queria ter colocado o disco "Best Of Satie" (por Klára Körmendi, Jérôme Kaltenbach e Orquestra Sinfônica de Nancy), o mesmo que meu amigo me emprestou, mas de tanto ouví-lo, as últimas músicas estão arranhadas e não consegui outra cópia a tempo. Por isso acabei optando por outro disco, com quase as mesmas peças, só que com outra interpretação. O disco é o "Piano Works", por Daniel Varsano e Philippe Entremont. Se eu conseguir o primeiro, coloco no blog, simplesmente porque a interpretação é imensamente superior, mas o "Piano Works" tem também seu valor, até porque nesse disco tem algumas peças mais experimentais dele e não só as clássicas.

Não é à toa que admiro a él Records, pois o selo também lançou um disco do francês subversivo, que eu tenho muita vontade de ouvir.

Aconselho a procurar mais coisas sobre ele e o Les Six; a wikipedia tem um belo artigo. No link da wikipedia, você acha informações tão bacanas como essa: "Foi o inventor da música ambiente, que ele chamava de musique d'ameublement. A música sendo usada como uma mobília, para preencher o ambiente. Segundo ele, era uma música que fizesse parte dos ruídos naturais e os levasse em conta, sem se impor, que tomasse conta dos estranhos silêncios que ocasionalmente caíam sobre os convidados, e que neutralizasse os ruídos da rua.
Mas sua música não funcionava porque as pessoas insistiam em ficar quietas prestando atenção à sua performance. Daí ele gritou nervoso: "Falem alguma coisa! Mexam-se! Não fiquem aí parados só escutando!". Na época sua idéia pareceu uma piada."


Satie foi um compositor de sensibilidade enorme, viveu toda sua vida na miséria, mas sempre com um sorriso no rosto e uma farpa na língua.

"Eu cago música" - Erik Satie


(A grande maioria das informações sobre o Satie foram retiradas de um livro do Julio Medaglia)

sexta-feira, 16 de março de 2007

Play a song for me #11 - Pop Music Fairytales



É possível que eu apanhe do Mike Alway, mas mesmo assim arriscarei colocar mais um disco da él Records no blog. Só que antes, queria escrever mais um pouquinho sobre a él, acho importante falar sobre este selo tão singular e com lançamentos de tamanha qualidade.

O Mike Alway, que citei - além de outras coisas, que sozinhas valeriam um post - é o homem responsável pelo selo, que pertence à gravadora Cherry Red. O catálogo da él é de uma variedade enorme e de um bom gosto admirável, isso sem falar no projeto gráfico que é uma atração a parte. Foi a Él que lançou o cd do Rogério Duprat, antes mesmo que fosse lançado por aqui; e mais outros nomes brasileiros -ou quase- como Carmem Miranda, Nara Leão, Tom Jobim e Rita Lee. Lançou nomes emblemáticos como Enio Morricone ou Erik Satie. Ao lado disso tudo, encontramos artistas como o pirado Momus, Marden Hill e Monochrome Set. E nem vou falar das coletâneas que são espetaculares. Só coisa fina mesmo, sem se prender a rótulos, mas a boa música, exatamente como penso. E por isso é, para mim, um dos selos mais admiráveis que já existiu. E o melhor é que ainda está na ativa, vendendos seus lindos discos. Eu, quando posso, compro e aconselho qualquer um a fazer o mesmo, se puder. Pois nada substitui a emoção de folhear um encarte da él, ouvindo a cópia física do negócio.


Depois de toda essa rasgação de seda, finalmente vou falar do "The Camera Loves Me", disco que está lá na primeira letrinha do post. É o primeiro álbum do Would-Be-Goods, nessa época, basicamente Jessica Griffin e sua irmã Miranda. O disco foi todo gravado junto com o Monochrome Set e é um clássico absoluto, transformando a banda num dos maiores "sucessos" da él.

A primeira música, que dá nome ao disco, é um hino indiepop e as seguintes não mostram perda da excelência em nenhum momento. Cheio de referências culturais, como em Velazquez an I ou Cecil Beaton's Scrapbook, as músicas são dramáticas, teatrais, bem ao gosto dos fãs de Monochrome Set(como eu!!!). A voz de Jessica é linda, esse disco e mais o segundo, Mondo (também com participação do MS), estão entre os meus favoritos de todos os tempos. A banda ainda está na ativa e lança seus discos pela Matinée, todos recomendados.

O álbum foi lançado em 1988, mas eu disponibilizo aqui reedição, de 1999, com 4 bônus.

terça-feira, 13 de março de 2007

Play a song for me #10 - The Most Perfect Pop Songs Ever Written



Esse vai ser um dos posts que fiz com maior paixão. Justamente por que falo daquela que poderia ter sido a melhor banda de Jangle Pop, não fossem as tão poucas músicas lançadas. Se bem que isso nem quer dizer nada pra mim, continuo achando-a a melhor e ponto. Por isso não esperem uma longa crítica sobre a banda, já que tudo que eu pudesse escrever aqui soaria tietagem demais. Fico no básico e cada um decide por si só o seu valor.

Uma banda do final dos anos 80, com mais um nome legal - bem mórbido, é verdade -, James Dean Driving Experience, e nenhum long lançado: apenas quatro singles, dois de 12 polegadas, um flexi e um 7 polegadas, além de uma K7 . As capas dos discos são um atrativo a parte, estampadas com rostos de divas como Audrey Hepburn ou Claudia Cardinale, disputadíssimos no site de leilão ebay.

Acho uma das falhas mais imperdoáveis nenhuma gravadora até hoje ter compilado essas faixas e lançado num cd. Se por um lado, dessa forma, acaba transcendendo o conceito de um simples artefato pop, por outro, deixa de ser conhecido por muitas pessoas.

Não consegui achar scans de boa definição das capas dos discos, ficarei devendo essa, mas o arquivo que eu disponibilizo aqui tem tudo que foi lançado da banda, exceto a K7. Não tenho mais muito o que falar, é simplesmente lindo e imperdível! Só de ouví-las de novo, já me emociono.

=> O arquivo tem tudo isso aqui:

World Weary & Wise / Oh, Grateful (Flexi single, 1987) selfmade
Diva da capa: Audrey Hepburn
- World Weary & Wise
- Oh, Grateful

Dean's Eleventh Dream (7"vinyl, 1988) Autumn Glow
Diva da capa: Claudia Cardinale
- Dean's Eleventh Dream
- Tale OF An Old Flame
- Song To A Stranger

Clearlake Revisited (12"vinyl, 1989) Plastic Head Records
Diva da capa: Rita Hayworth
- Clearlake Revisited
- Oh, Grateful
- Drop Dead Darling
- Ballad Of Bedford Town

Sean Connery (12"vinyl, 1990) Él Records
Diva da capa: Gina Lollabrigida
- Sean Connery
- Never Means Enything
- Hicksville USA
- World Weary And Wise

segunda-feira, 12 de março de 2007

Play a song for me #9 - Another FN Gem



No embalo do Look Blue, Go Purple, colocarei aqui um disco de uma banda relacionada, o Chug. Formado em 1991, o grupo tinha figuras conhecidas na cena de Dunedin, como a Norma do LBGP, Gary do Jean Paul Sarte Experience, Alf Danielson do Goblin Mix e Dave, o guitarrista loucão do 3Ds.

Disponibilizo aqui o primeiro single da banda, de 1992, lançado pela Flying Nun mesmo. São duas músicas, Flowers, que dá o nome ao single e, no b-side, Gunnera. Eu costumo chamar o Chug de Pixies neo-zelandês. Ainda mais nesse começo, depois foram ficando mais barulhentos. O lado A é quase uma ode aos americanos. E essa comparação não é nada pejorativa, ao contrário, se me dispus a colocar algo deles aqui, é porque gosto e admiro muito os caras.

O Chug, assim como o LBGP, também tem tradição em ótimas capas. A desse primeiro single é também a minha preferida.

O arquivo é pequeno e a satisfação garantida!

quinta-feira, 8 de março de 2007

Play a song for me #8 - Bewitched

Só pra dar algum outro sentido a essa grande retórica que é o Dia da Mulher, vou colocar aqui um legítimo exemplo de banda formada só por mulheres que é espetacular.

Vamos lá para o outro lado do mundo, Nova Zelândia para ser mais exata, chegando numa das melhores gravadoras do mundo, a Flying Nun. Sou fã incondicional das bandas da FN e tem uma, fora das obviedades, que me encanta muito. Adoro desde o nome, Look Blue, Go Purple; até o modo de complementar seu som com flauta e envolventes vocais; passando pelas capas de um bom gosto gigantesco e finalizando na aproximação regional que a música delas possui.


O LBGP fez parte da segunda onda do movimento conhecido como "Dunedin Sound", marcado por guitarras jangly e grande presença de teclados; muito influenciados por bandas como Velvet junto com a sua cena de NY e pela psicodelia do Byrds. O movimento acontecia na cidade de Dunedin, ao mesmo tempo que o Paisley Underground crescia na California. As cinco meninas do grupo foram muito influenciadas por The Chills e The Clean, ambos pertencentes a primeira onda do "Dunedin Sound".

A banda acabou em 1987, deixando apenas três EPs gravados. A Flying Nun, posteriormente, juntou esses EPs e lançou um cd chamado Compilation e é esse disco que eu disponibilizo agora. Várias das garotas do LBGP ainda participaram de outros projetos, inclusive em outras bandas da FN, como Chug e 3Ds.

Se não conhece a banda e ainda está em dúvida se deve ou não baixar, entra no my space delas e ouve a música "I Don't Want You Anyway", se tiver o mínimo de sanidade, vai se apaixonar.

Sobre o "Dunedin Sound", indico o excelente texto do Dave McGonigle chamado In Love WIth Those New Times: Flying Nun and the Dunedin Sound


P.S.: Espero que a essa altura já estejam achando, nos meus posts, os links pra baixar os discos.

terça-feira, 6 de março de 2007

Play a song for me #7 - Throat Violence


Chutando o balde de vez, porque esse blog tá muito monótono e nem de folk ou metais comportados vive o homem.

Resgatei um disco aqui que é um dos meus preferidos de todos os tempos. Um dos melhores discos de post-punk que já ouvi, mesmo sabendo que esse termo não é o suficiente pra definir o som da banda. Esquizofrenia pura, espírito avant-garde, música e vocais experimentais: assim é o "We Buy A Hammer For Daddy" dos ingleses do Lemon Kittens.

O grupo teve diversas formações, mas a mais célebre foi a junção de Karl Blake e Danielle Dax. Nesse disco, que é o segundo, a dupla conseguiu produzir uma cacofonia melódica e envolvente.

Indicado pra quem gosta de Pop Group e da cena No Wave de NY.

domingo, 4 de março de 2007

Play a song for me #6 - Warm music from a cold heart



Ando tentando sair do folk mode-on, mas anda complicado. Hoje eu consegui um pouco. Depois de um final de semana cansativo, nada melhor do que acabar o domingo com uma banda que é quase uma orquestra de metais.

E foi Benni Hemm Hemm que me tirou daquele "limbo unirotular musical" =D . Benedikt e os vários integrantes da banda são islandeses, cantam em sua língua natal e "Kajak" é o segundo disco da banda. Eu que já era apaixonada pelo primeiro, agora me entreguei de vez. Mais uma bola dentro da Morr, mais um segundo disco de banda sensacional lançado em 2007.

O LP deles já se tornou meu novo objeto de desejo!

Prévia:
. Benni Hemm Hemm - Skvavars

quinta-feira, 1 de março de 2007

I'll come followin' you #2 - Voltando aos downloads

É possível que eu comece a colocar links dos discos sobre os quais eu falo. Todos achados na internet. Não me responsabilizo por nada =)

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Play a song for me #5 - The land of song

Dois discos, muito semelhantes, chamaram demais minha atenção nesses dias. Ambos são discos solos de artistas que fazem - opa, um fazia - parte de bandas que adoro, também são o segundo lançamento dos caras, têm lindas capas, transbordam psicodelia, provêm do País de Gales e são totalmente deliciosos!

Agora já deu pra deduzir que estou falando do Gruff Rhys, do Super Furry Animals e do Euros Childs, da finada Gorky's Zygotic Mynci.


"Bore Da" é o nome do álbum do Euros Childs, que ainda nem saiu oficialmente e já me deixou babando aqui de felicidade. Mal tinha me recuperado do lançamento anterior dele, o sensacional "Chops" e me deparo com mais esse trabalho encantador. Na minha opinião, os dois discos não fogem muito do que o Gorky's fazia, o que reforça ainda mais que o cabeça da banda era mesmo o Childs. Eu já ouvi o solo (novinho também) de outro membro da banda, o Richard James, mas apesar de ter gostado bastante, confesso que não penso duas vezes antes de eleger o disco do Childs superior. Mesmo sabendo que o do James sairá em vinil também.

Tão bacana saber que o bom humor do Gorky's não vai se perder no tempo, mas sim persistir. Tá certo que muitas vezes ele está escondido sob o estranhíssimo idioma galês, mas isso só deixa o disco ainda mais atraente. Psych-freak-regional-folk em sua melhor definição. Sério candidato aos melhores do ano, já que fiz a injustiça de esquecer do "Chops" em 2006.


Gruff Rhys, na contramão de seu conterrâneo, optou por uma abordagem mais pop no seu segundo trabalho solo, lembrando que o primeiro disco, Yr Atal Genhedlaeth (?!), de 2005, era todo cantado no idioma do País de Gales. "Candylion" é bem mais cosmopolita e possui quase todas músicas em inglês. Somente três fogem desse padrão, uma que é cantada em espanhol e outras duas em galês.

No entanto, o disco não perde nada com essa mudança. As músicas são belíssimas, upbeats e obrigatórias!! Vale muito ouvir a cuíca na bizarra "Gyrru Gyrru Gyrru", o xilofone da faixa-título ou a atmosfera old west de "Lonesome Words".

Faça sua escolha: mais freak ou mais folk. Ou faça como eu, vicie nos dois!

Mp3:

.Euros Childs - Twill Yn Yr Awyr
ou

powered by ODEO

.Gruff Rhys - Gyrru Gyrru Gyrru
ou

powered by ODEO


Me avisem, por favor, se estiver dando erro nas mp3, certo?

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Play a song for me #4 - The girl with feathers woven in her hair




Ainda estou descobrindo discos de 2006 que continuam me surpreendendo. Hoje foi a vez do "The Pirate's Gospel", que é na verdade um relançamento, da Alela Diane.

Não sei se eu é que estou ficando velha demais e alterando meus padrões ou se realmente andam pipocando mesmo artistas -usualmente entregues ao folk- que possuem uma voz madura demais para sua idade. Só para citar alguns: Zach Condom do Beirut, Willy Mason (que ainda vai ganhar um post dedicado a ele), Marissa Nadler, e por aí vai... a lista é grande mesmo.

Alela Diane é mais um nome talentoso dessa leva de artistas da nova cena folk estadunidense. Cheguei até a ver uns vídeos dela cantando e fica difícil acreditar que é aquela menina magrinha, novinha, com brincos de pena que fez um disco tão lindo como esse.

Ela é, simplificadamente, uma Joanna Newson desprovida dos trejeitos freaks da sua voz e sem sua harpa, como que dotada ainda de uma ascendência de cantoras desaceleradas de bluegrass. E soa muito mais simples, sincero e ainda assim encantador.

Certamente é um disco que vai ficar por muito tempo na minha playlist.


Mp3 da moça:
Alela Diane - The Rifle

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

I'll come followin' you #1 - Download de discos?


Não vou disponibilizar nenhum arquivo que não seja legal nesse blog. Tenho meus motivos para isso, pode ter certeza. Mas garanto que tudo que eu coloco aqui é facilmente "achável" em blogs de mp3 que disponibilizam álbuns, sem falar em p2ps da vida.

Usar o google é fácil, mas se não conseguir o que procura, mande um email com o pedido que eu prometo ajudar... se é que você me entende =)

Play a song for me #3 - Send him in


Eu poderia falar que hoje foi dia de ouvir Heavy Blinkers e ficar feliz pensando no namorado, mas depois de passar mal a tarde inteira, o dia começa a terminar dignamente ao som de Radical Face.

O Radical Face é formado por Ben Cooper e convidados. Ben é também conhecido por ser a metade dominante do duo Electric President, projeto que ouvi bastante em 2005.

O disco que estou ouvindo é esse aí da foto, Ghost, lançado esse ano pela Morr e eu o enquadro facilmente no rótulo da folktronica. Capa linda, melodias reconfortantes e saborosas, difícil não se apaixonar.

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Play a song for me #2 - Panacéia Musical


Dias melancólicos pedem discos igualmente melancólicos.
Hoje foi dia de Bart Davenport, um californiano de quem gosto muito. Mais especificamente, do segundo disco dele, "Game Preserve", de 2003.
A receita é simples: pegue uma tigela e unte com aura sixties, coloque 2 xícaras de sunshine pop, 1 de folk, 2 colheres de soul, mais 1 colher de bossa nova, junte ainda algumas pitadas de psicodelia e mais 2 ou três convidados bem legais. Pra degustar sem medo de indigestão! De sobra, ainda rola um coverzinho lindo de Free Design.
Se quiser algo dele, google it.

Vou dar uma ajudinha e linkar uma música dele:
Bart Davenport - Euphoria or Everyone on Earth Is So Beautiful Even You

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Play a song for me #1 - Bedroom songs

Inlets é Sebastian Krueger, mais conhecido pela sua participação no My Brightest Diamond. Mas esse projeto, diferente do caráter intimista experimental do seu trabalho com Shara Worden, soa bem folk lo-fi. Ele praticamente nos transporta pra dentro de seu quarto e nos sentimos sentados em sua cama, ouvindo-o tocar o violão, descobrindo que tem um bela e calmante voz.

Tenho ouvido muito o EP que ele lançou e que está todo disponibilizado na internet aqui. As músicas são de uma delicadeza extrema, tire todo o aparato cigano do Zach-Beirut e seu som seria mais ou menos assim.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

(Re)começando a blogar!
Too Cool for Internet Explorer