Dois discos, muito semelhantes, chamaram demais minha atenção nesses dias. Ambos são discos solos de artistas que fazem - opa, um fazia - parte de bandas que adoro, também são o segundo lançamento dos caras, têm lindas capas, transbordam psicodelia, provêm do País de Gales e são totalmente deliciosos!
Agora já deu pra deduzir que estou falando do Gruff Rhys, do Super Furry Animals e do Euros Childs, da finada Gorky's Zygotic Mynci.
"Bore Da" é o nome do álbum do Euros Childs, que ainda nem saiu oficialmente e já me deixou babando aqui de felicidade. Mal tinha me recuperado do lançamento anterior dele, o sensacional "Chops" e me deparo com mais esse trabalho encantador. Na minha opinião, os dois discos não fogem muito do que o Gorky's fazia, o que reforça ainda mais que o cabeça da banda era mesmo o Childs. Eu já ouvi o solo (novinho também) de outro membro da banda, o Richard James, mas apesar de ter gostado bastante, confesso que não penso duas vezes antes de eleger o disco do Childs superior. Mesmo sabendo que o do James sairá em vinil também.
Tão bacana saber que o bom humor do Gorky's não vai se perder no tempo, mas sim persistir. Tá certo que muitas vezes ele está escondido sob o estranhíssimo idioma galês, mas isso só deixa o disco ainda mais atraente. Psych-freak-regional-folk em sua melhor definição. Sério candidato aos melhores do ano, já que fiz a injustiça de esquecer do "Chops" em 2006.
Gruff Rhys, na contramão de seu conterrâneo, optou por uma abordagem mais pop no seu segundo trabalho solo, lembrando que o primeiro disco, Yr Atal Genhedlaeth (?!), de 2005, era todo cantado no idioma do País de Gales. "Candylion" é bem mais cosmopolita e possui quase todas músicas em inglês. Somente três fogem desse padrão, uma que é cantada em espanhol e outras duas em galês.
No entanto, o disco não perde nada com essa mudança. As músicas são belíssimas, upbeats e obrigatórias!! Vale muito ouvir a cuíca na bizarra "Gyrru Gyrru Gyrru", o xilofone da faixa-título ou a atmosfera old west de "Lonesome Words".
Faça sua escolha: mais freak ou mais folk. Ou faça como eu, vicie nos dois!
Mp3:
.Euros Childs - Twill Yn Yr Awyr
ou
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Me avisem, por favor, se estiver dando erro nas mp3, certo?
terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
Play a song for me #5 - The land of song
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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007
Play a song for me #4 - The girl with feathers woven in her hair
Ainda estou descobrindo discos de 2006 que continuam me surpreendendo. Hoje foi a vez do "The Pirate's Gospel", que é na verdade um relançamento, da Alela Diane.
Não sei se eu é que estou ficando velha demais e alterando meus padrões ou se realmente andam pipocando mesmo artistas -usualmente entregues ao folk- que possuem uma voz madura demais para sua idade. Só para citar alguns: Zach Condom do Beirut, Willy Mason (que ainda vai ganhar um post dedicado a ele), Marissa Nadler, e por aí vai... a lista é grande mesmo.
Alela Diane é mais um nome talentoso dessa leva de artistas da nova cena folk estadunidense. Cheguei até a ver uns vídeos dela cantando e fica difícil acreditar que é aquela menina magrinha, novinha, com brincos de pena que fez um disco tão lindo como esse.
Ela é, simplificadamente, uma Joanna Newson desprovida dos trejeitos freaks da sua voz e sem sua harpa, como que dotada ainda de uma ascendência de cantoras desaceleradas de bluegrass. E soa muito mais simples, sincero e ainda assim encantador.
Certamente é um disco que vai ficar por muito tempo na minha playlist.
Mp3 da moça:
Alela Diane - The Rifle
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terça-feira, 20 de fevereiro de 2007
I'll come followin' you #1 - Download de discos?
Não vou disponibilizar nenhum arquivo que não seja legal nesse blog. Tenho meus motivos para isso, pode ter certeza. Mas garanto que tudo que eu coloco aqui é facilmente "achável" em blogs de mp3 que disponibilizam álbuns, sem falar em p2ps da vida.
Usar o google é fácil, mas se não conseguir o que procura, mande um email com o pedido que eu prometo ajudar... se é que você me entende =)
Play a song for me #3 - Send him in
Eu poderia falar que hoje foi dia de ouvir Heavy Blinkers e ficar feliz pensando no namorado, mas depois de passar mal a tarde inteira, o dia começa a terminar dignamente ao som de Radical Face.
O Radical Face é formado por Ben Cooper e convidados. Ben é também conhecido por ser a metade dominante do duo Electric President, projeto que ouvi bastante em 2005.
O disco que estou ouvindo é esse aí da foto, Ghost, lançado esse ano pela Morr e eu o enquadro facilmente no rótulo da folktronica. Capa linda, melodias reconfortantes e saborosas, difícil não se apaixonar.
domingo, 18 de fevereiro de 2007
Play a song for me #2 - Panacéia Musical
Dias melancólicos pedem discos igualmente melancólicos.
Hoje foi dia de Bart Davenport, um californiano de quem gosto muito. Mais especificamente, do segundo disco dele, "Game Preserve", de 2003.
A receita é simples: pegue uma tigela e unte com aura sixties, coloque 2 xícaras de sunshine pop, 1 de folk, 2 colheres de soul, mais 1 colher de bossa nova, junte ainda algumas pitadas de psicodelia e mais 2 ou três convidados bem legais. Pra degustar sem medo de indigestão! De sobra, ainda rola um coverzinho lindo de Free Design.
Se quiser algo dele, google it.
Vou dar uma ajudinha e linkar uma música dele:
Bart Davenport - Euphoria or Everyone on Earth Is So Beautiful Even You
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007
Play a song for me #1 - Bedroom songs
Inlets é Sebastian Krueger, mais conhecido pela sua participação no My Brightest Diamond. Mas esse projeto, diferente do caráter intimista experimental do seu trabalho com Shara Worden, soa bem folk lo-fi. Ele praticamente nos transporta pra dentro de seu quarto e nos sentimos sentados em sua cama, ouvindo-o tocar o violão, descobrindo que tem um bela e calmante voz.
Tenho ouvido muito o EP que ele lançou e que está todo disponibilizado na internet aqui. As músicas são de uma delicadeza extrema, tire todo o aparato cigano do Zach-Beirut e seu som seria mais ou menos assim.
Tenho ouvido muito o EP que ele lançou e que está todo disponibilizado na internet aqui. As músicas são de uma delicadeza extrema, tire todo o aparato cigano do Zach-Beirut e seu som seria mais ou menos assim.
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007
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